Parece loucura, mas estava na praia no inverno. Uma das sensações mais estranhas e confortantes que já senti na vida. Logo cedo ia para beira da praia caminhar sobre a areia gelada e mole, onde os pés se afundavam com o decorrer do tempo que ficasse parado. Usava um moletom preto com cheiro forte de mofo, pois estava guardado e ainda não havia feito um frio tão intenso. Ao longe podia se ver o “Astro Rei” ou o vulgo sol nascendo, e como um abraço de uma mãe seu calor me aquecia a cada instante que subia aos céus onde as gaivotas cortavam os ares como um avião. E conforme ia se caminhando o som do coração aos poucos tomava o ritmo das ondas e como se fosse uma orquestra formava uma sinfonia perfeita. O vento era suave, as arvores balançavam como a rede de um pescador que estava a poucos metros de mim. Seu cheiro era forte como a maresia, mas seu sorrio era tranquilo e me trouxe harmonia. Perguntei se precisava de ajuda para lançar as redes ao mar, e com um sorriso de orelha a orel
Blog sobre a vida de um jornalista, talvez sem nenhum sentido, mas que no final pode trazer um.